Há evidências que sugerem que a rinite crônica, principalmente quando associada ao gotejamento nasal posterior e à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), pode desencadear crises de asma e broncoconstrição em indivíduos suscetíveis.
A rinite crônica é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por inflamação e inchaço da cavidade nasal, levando a sintomas como espirros, congestão e coriza. Em alguns casos, a rinite crônica pode levar à secreção posterior, que é o acúmulo de muco no fundo da garganta. Isso pode resultar em uma série de complicações, incluindo o desencadeamento de crises de asma e broncoespasmo.
A rinite crônica com gotejamento posterior pode causar irritação e inflamação das vias aéreas, o que pode desencadear ataques de asma. A secreção também pode fluir pela parte de trás da garganta e entrar nos pulmões, levando a tosse, chiado e falta de ar. Além disso, a inflamação e a irritação causadas pela rinite crônica podem tornar as vias aéreas mais sensíveis a outros gatilhos, como alérgenos ou irritantes, que podem levar a novos ataques de asma.
O refluxo gástrico (DRGE), outra condição comum, ocorre quando o ácido do estômago flui de volta para o esôfago, causando irritação e inflamação. Além de afetar o sistema digestivo, também pode afetar o sistema respiratório.
A DRGE também pode desencadear ataques de asma e broncoconstrição. Quando o ácido do estômago flui de volta para o esôfago, pode irritar as vias aéreas e causar inflamação, o que pode desencadear ataques de asma.
De fato, estudos têm mostrado que existe uma estreita relação entre rinite crônica, secreção posterior, refluxo gástrico e desencadeamento de crises de asma e broncoespasmo.
Vamos dar uma olhada mais de perto em como essas condições estão relacionadas:
Rinite crônica: A inflamação e o inchaço da cavidade nasal que ocorrem com a rinite crônica podem levar ao aumento da produção de muco. Esse excesso de muco pode se acumular no fundo da garganta, levando a secreção posterior. Quando isso acontece, o muco pode irritar as vias aéreas, causando tosse, chiado e dificuldade para respirar. . De fato, estudos têm mostrado que pacientes com secreção posterior são mais propensos a apresentar sintomas de asma do que aqueles sem ela.
Refluxo gástrico: quando o ácido do estômago flui de volta para o esôfago, pode irritar as vias aéreas e desencadear sintomas de asma. Além disso, o refluxo ácido pode levar à produção de muco em excesso, o que pode exacerbar ainda mais os sintomas da asma. Estudos demonstraram que pacientes com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) têm maior probabilidade de apresentar sintomas de asma do que aqueles sem ela.
No geral, a relação entre rinite crônica, secreção posterior, refluxo gástrico e crises de asma/broncoespasmo é complexa e inter-relacionada. Ao gerenciar essas condições de forma eficaz, os pacientes podem reduzir o risco de sofrer ataques de asma e broncoespasmo.
Manejo da Rinite Crônica, Secreção Posterior e Refluxo Gástrico
Aqui estão algumas dicas para gerenciar essas condições de forma eficaz:
Rinite Crônica: Existem vários tratamentos disponíveis para a rinite crônica, incluindo anti-histamínicos, descongestionantes nasais e corticosteroides. Além disso, evitar gatilhos como
Alérgenos, irritantes e poluição também podem ajudar a controlar os sintomas. Manter uma boa higiene nasal, como o uso regular de sprays ou enxágues nasais salinos, também pode ajudar a reduzir a inflamação e a produção de muco.
Secreção posterior: O tratamento para a secreção posterior geralmente envolve o gerenciamento da condição subjacente que a causa, como rinite crônica ou sinusite. Além disso, reduzir a produção de muco por meio do uso de medicamentos como expectorantes ou mucolíticos pode ajudar a reduzir os sintomas. O uso regular de sprays ou enxágues com solução salina nasal também pode ajudar a limpar o excesso de muco da parte posterior da garganta.
Refluxo Gástrico: O tratamento para o refluxo gástrico geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos desencadeantes, comer refeições menores e evitar comer antes de dormir. Além disso, medicamentos como inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores de H2 podem ajudar a reduzir a quantidade de ácido produzido no estômago. Elevar a cabeceira da cama durante o sono também pode ajudar a reduzir os sintomas.
Perguntas frequentes
P: A rinite crônica pode levar à asma? R: Sim, a rinite crônica pode levar à asma, pois a inflamação e o inchaço da cavidade nasal podem desencadear um ataque de asma.
P: Como o refluxo gástrico afeta o sistema respiratório? R: O refluxo gástrico pode irritar as vias aéreas e desencadear sintomas de asma. Também pode levar à produção de muco em excesso, o que pode exacerbar ainda mais os sintomas da asma.
P: Como posso controlar a rinite crônica? R: O tratamento para rinite crônica inclui o uso de medicamentos como anti-histamínicos, descongestionantes nasais e corticosteroides. Evitar gatilhos e manter uma boa higiene nasal também pode ajudar a controlar os sintomas.
Conclusão
Rinite crônica, secreção posterior e refluxo gástrico são condições comuns que podem ter impacto significativo no sistema respiratório, inclusive desencadeando crises de asma e broncoespasmo. Compreender a relação entre essas condições e como gerenciá-las de forma eficaz é fundamental para reduzir o risco de sofrer ataques de asma e outras complicações respiratórias.
Na dúvida, não deixe de consultar seu médico otorrino para ajudar no manejo adequado de seus sintomas.
Conte comigo para ajudar!
Dr. Bruno Rossini (CRM-SP 115697; RQE:34828)
Fone e Wathsapp: (11) 91013-5122 | (11) 99949-7016
Clinica Oto One- São Paulo
Instagram: @brunorossini
O fato da secreção posterior levar a engolir o muco com frequência e consequentemente engolindo ar junto, acumulado ar e muco no trato digestório, pode impactar gerando arroto seguido de refluxo, e gastrite? Algo nesse sentido